Apresenta-se, aqui, uma proposta de apoio à educação básica pública, especialmente ao segmento do Ensino Médio, que sofre, há anos, com a falta de estrutura adequada das escolas que acarreta um sentimento desestimulador aos estudantes e aos professores que convivem, simultaneamente, com um mundo de possibilidades oferecidas pela tecnologia e com uma escola que lhe oferece apenas a lousa, o giz (ou o quadro branco e a caneta) e a voz. No passado, tais instrumentos podem ter sido suficientes. No entanto, no contexto da era digital, é necessário oferecer algo mais àqueles envolvidos com o processo de aprendizagem, sob o risco de a escola se transformar em um ambiente pouco atrativo e até mesmo desestimulador, a realidade parecer abstrata e o mundo parecer tão pequeno quanto a tela de um computador ou de um smartphone. A curiosidade precisa ser estimulada para que a vontade de se buscar o conhecimento possa surgir e crescer a cada dia. Para tanto, um dos possíveis caminhos a seguir é mostrar que o conteúdo visto em sala de aula tem correspondência com a realidade concreta, isto é, que ele faz sentido e que vale a pena ser aprendido. E uma das formas mais efetivas para se alcançar tal objetivo é por meio de aulas-passeio, ou, tal como chamamos aqui, do Turismo Pedagógico, que faz a mediação entre a sala de aula e o “mundo lá fora”, com planejamento e organização de uma equipe que pode envolver professores, guias, alunos e uma equipe de apoio. Dessa forma, tem-se aqui o objetivo de organizar aulas-passeio para estudantes do Ensino Médio de escolas públicas do município de Teresópolis, em cuja cidade se situa o curso de Graduação em Turismo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A equipe contará com a participação de alunos e professores do Departamento de Turismo da Uerj, e alunos, professores e gestores das escolas parceiras.
COORDENADOR: MARCELA DO NASCIMENTO PADILHA